quinta-feira, 4 de setembro de 2008


E mais um cigarro ele acendia. No total do dia, ele contabilizou 20. Mas, por mais que ele alimentasse o maldito vício, não conseguia achar uma solução. Uma resposta que viesse a mente como a tal ‘Eureka!’ e amenizasse sua angústia.
Era uma dúvida, uma confusão... Que nem ele sabia explicar. Quando conversava com ela, não sabia se ria, chorava ou escondia as mãos para não deixar mostrar a in-su-por-tá-vel tremedeira que insistia em aparecer quando ela passava. Ah... E como passava...
Um ano e ele não esquecia de nada; A blusa verde com detalhes brancos, a calça rasgada e uma sandália que prendia o dedinho do pé esquerdo. E deixava que as horas se passassem enquanto ele dormia e sonhava, sonhava, sonhava... Como um encanto que não conseguia ser quebrado.
“Mas as coisas não são do jeito que a gente quer...”
E a frase aparecia para estragar todos os seus sonhos. E mais um cigarro ele acendia...