terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Irmãos...


Irmãos: se não tê-los, como sabê-los...?

Quando cada um de vocês nasceu, pensei que seria esquecida, deixada de lado como os brinquedos que abandonava após brincar, brincar, brincar... E me desinteressar ao ganhar um novo. Comecei a sentir ciúmes ao ver todos chegarem à nossa casa para pegá-los no colo e dizer o quão lindo vocês eram. Até que mamãe me deixou ‘embrulhar’ cada um de vocês em meus braços. Os enchi de beijos e vi o quão maravilhoso seria ter alguém para partilhar meus dias alegres e, também, tristes; de como era mais gostoso brincar em 2, 3 e 4 do que só. De como era bom aprontar em casa e dividir, também, os castigos (e ter quem dedurar, hehe). Com vocês pude aprender a amar (e odiar momentaneamente) alguém sem esperar nada em troca; aprendi a orar todas as noites pedindo aos céus proteção em todos os momentos de suas vidas para que nenhum mal lhes acontecesse, diante das atrocidades ocorridas diariamente às quais temos conhecimento.
Mas, mesmo sentindo esse amor incondicional que com o arrastar dos anos só se solidifica, ainda sinto dificuldade em falar o quão importante vocês são para mim. De como me dói ver qualquer um de vocês triste e como meu coração vibra de alegria com a vitória de cada um. De como nunca serei capaz de viver sem um, qualquer um, de vocês.
Irmãos não escolhemos, mas as vezes sinto como se tivesse rogado a Deus que me enviasse os certos. E ele pelo visto me ouviu.