quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Espaco

Estas horas amarradas, achatadas
Me tiram o saber de viver
Me tiram a felicidade de saber
De sentir, de te ver

Meu amor,
Teu amor me chama por toda a noite
Mas logo cedo as cortinas se abrem
As buzinas invadem o mais calmo dos lugares
Teu peito...

Remexe, ameaca me expulsar
Peco mais tempo, me perco no teu lugar

O cheiro de cafe invade o quarto
Teu beijo lento, teu afago
Me arrasto nas horas que nos afastam
Nos prendem no imenso vazio chamado cotidiano
Me cessam a mente
Me medem em dentes

Meu amor,
Teu amor me espera por toda a noite
As palavras clamam por mais espaco
Me divido em duas, em quatro
A noite quem dera nao ser so um espasmo

Mas eu ando tao fraca...
Amarrada nessas horas que chamo de insonia
Ah bendita insonia, es tu que cria meus sonhos
Es tu que corta meu traco, meu espaco
Es tu quem acorrenta meus bracos