Hoje acordei com a melodia do mar em meus ouvidos
Levei algum tempo para separar meus dois mundos... Mais parecia como uma canção de ninar
Atentei-me para o cheiro de passado, o cinza empestado em minha retina
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Entrelinhas
A gente lista sonhos no papel, como produtos a comprar
Esquece que o vital eh o bem estar, o cuidar
Cresce acreditando que o melhor vem do papel valorado
E esquece que o essencial esta guardado por entre musculos cardiacos
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
10
Quietly on the couch I watch you play with your guitar
Things comes and goes in my head, as a puzzle that I haven't done
Would you please guide me here?
Things comes and goes in my head, as a puzzle that I haven't done
Would you please guide me here?
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Espaco
Estas horas amarradas, achatadas
Me tiram o saber de viver
Me tiram a felicidade de saber
De sentir, de te ver
Meu amor,
Teu amor me chama por toda a noite
Mas logo cedo as cortinas se abrem
As buzinas invadem o mais calmo dos lugares
Teu peito...
Me tiram o saber de viver
Me tiram a felicidade de saber
De sentir, de te ver
Meu amor,
Teu amor me chama por toda a noite
Mas logo cedo as cortinas se abrem
As buzinas invadem o mais calmo dos lugares
Teu peito...
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Em meio ao entardecer repleto de obrigacoes do trabalho, descalcou os pes e resolveu molha-los na agua do mar. O movimento maritimo a deixava mais calma, por mais que a amedrontasse, entre tantas ondas que se quebravam entre si. Nao conseguia entender como o oceano, tao cheio de misterios, a colocava em modo silencioso. Tirou da bolsa vermelha, que costumava chamar de buraco negro devido a tamanha bagunca, uma de suas viciantes barrinhas de cereal e resolveu perder alguns minutos sentada na areia. Em 15 minutos, seus ultimos cinco anos passaram em sua mente. E em um pedaco de papel decidiu escrever. "Ha algum tempo, nao sei bem quando, pensei em voar. Sussurrei nos ouvidos do destino que eu, somente eu, queria escreve-lo. Convenci aos que me criaram, fiz sofrer aquele que me ofereceu seu sobrenome... Dei adeus aos amigos. Bati o pe, me dediquei, nadei contra a mare e consegui. Deixei minhas cobertas, minha parede colorida, meus amores e amantes. Conquistei a confianca do mundo, ao convence-lo de que seria esperta o bastante para desviar os caminhos da solidao. Jurei ser forte e jamais deixar rolar em meu rosto lacrimejos de tristeza. Gritei aos quatro ventos que seria capaz de levantar rochas sem sentir o peso da saudade nos ombros ou, levanta-las mesmo com o peso em meus ombros. Jurei nunca ter meu musculo cardiaco machucado por fotos ou lembrancas. Achava que era quase uma heroina de historias em quadrinhos. Pobre garota! Tao cheia de si. Nada mais era do que uma caricatura qualquer".
Pobre Flor. Em meio ao emaranhado de pensamentos, ela se devidia entre enxugar as lagrimas e escrever as dores. Sem se importar com os que passavam por perto, decidiu deitar na areia para, desssa forma, tentar enganar a saudade e sentir-se em casa. Nada passava. Levantou e decidiu terminar seu raciocinio. "Vivi em meia decada o que nao vivi em vinte anos. Escrevi meu destino, deixei meus amores e amantes, lustrei meu orgulho e voei. Desviei dos caminhos da saudade, trapaceei seu jogo e corri para o desconhecido. Contudo ela eh sagaz. Se faz de torta, de morta, se esconde e te abraca.
Sempre tive dificuldade em seguir padroes. Religiao, moda, regras, pessoas; com o passar do tempo todas as regras de aceitacao da sociedade me entediavam. Entao desde sempre tive plena consciencia de que nunca seria exemplo para ninguem. Eis que a vida me surpreende.
Sempre tive dificuldade em seguir padroes. Religiao, moda, regras, pessoas; com o passar do tempo todas as regras de aceitacao da sociedade me entediavam. Entao desde sempre tive plena consciencia de que nunca seria exemplo para ninguem. Eis que a vida me surpreende.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Versos Perdidos
Costumavamos nos falar por olhares
Em meia decada fizemos isso bem
Agora so restam pesares
E dores quando nao se tem ninguem
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Between rhymes
I used to be a tough girl
Who hides from the whole entire world
I used to write my loneliness and keep it with me
But after you I lost my fear
terça-feira, 22 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Sem oce
Amanhece em meu espaco
E meus devaneios sequer dormiram
Tua sombra preenche a cama
Ao contrario do teu receio
E meus devaneios sequer dormiram
Tua sombra preenche a cama
Ao contrario do teu receio
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Descompasso
Nasci entre cobrancas
Notas azuis, sonhos coloridos, principe aos 30
Filhos loiros e perfeitos, casa para limpar
Marido para saciar
Notas azuis, sonhos coloridos, principe aos 30
Filhos loiros e perfeitos, casa para limpar
Marido para saciar
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Sem regras nas regras.
Na faculdade aprendi que textos devem ser escritos na terceira pessoa, mas hoje peco licenca as regras e a voces, pois meu texto fara o caminho contrario de todas as regras...
terça-feira, 25 de junho de 2013
Entre crepusculos e amanheceres, ela decidiu abrir suas asas. Por entre pensamentos sonhadores, fez seu caminho tendo a ideia de que tudo seria facil. Pobre garota.... Tao ingenua, tao tola ao continuar a acreditar que o mundo e deveras afavel, por muito amavel. "O mundo e cruel, minha filha", sussurrava em seus ouvidos a voz de sua falecida mae. Porem, ela voou...
E viu que o mundo e cruel, mas sem conhece-lo a vida torna-se sem graca. Que os homens sao egoistas, mas quando amados transformam-se em docura; que sua mae estava certa, mas ver a vida passar atraves de uma janela nos torna infinitamente tristes...
E viu que o mundo e cruel, mas sem conhece-lo a vida torna-se sem graca. Que os homens sao egoistas, mas quando amados transformam-se em docura; que sua mae estava certa, mas ver a vida passar atraves de uma janela nos torna infinitamente tristes...
quarta-feira, 8 de maio de 2013
A carta sambada...
Vivia inerte, como quem vive sem
razões para ser feliz. Mas deixei a porta aberta, fingindo esquecer que
deveria, por vários motivos, deixá-la fechada, trancada e sem a chave por
perto. Maldito deslize; acabei por permitir sua entrada no meu campo de
domínio. Ora, mas que mal haveria em dividir minha inércia com alguém que pouco
faz se está perto ou não? Traiçoeiro esse pensamento...
Deixei-te entrar. Fizestes emergir os
mais adormecidos sentidos, acordando o meu melhor. Mal sabia que também poderia
eu dar de cara com o teu pior. Talvez por ignorância ou, quem sabe até
insensatez, prossegui na dança, embriagada por tuas palavras, teu aroma e teu
cinismo, que me surpreendeu ao aparecer.
Em meias palavras, dizem que a vida se
preenche com tropeços e acertos. Tu foste meu acerto. Sem ti continuaria a
acreditar que há bondade exacerbada em uma única só pessoa; que há sinceridade
em olhares recém-encontrados; que há, de fato, controle da razão quando esta se
prostra diante da emoção. Sem ti não saberia que sou capaz de perder a
admiração por quem me traz decepções.
E que a admiração se esvai, sem
precisar levar o carinho. Ou seria pena?
domingo, 24 de março de 2013
vai
Veio de mansinho, como a brisa que envolve os transeuntes ao entardecer e os
embala ao som baixinho do dia que se despede... Porém de forma feroz, como a
leoa que ataca, sem o menor temor, o inimigo que espia suas crias - por maior
que ele seja. Segurou-me, chacoalhou e ensinou que nada é como planejamos.
Traçamos metas, criamos desejos, mas no final, de nada vale esse manual de
sobrevivência à vida, já que ela é uma eterna bagunça...
Vai,
E leva contigo todo o ardor do meu peito, provocado pela dose diária
de você.
Vem,
E me traz a paz, que há tempos não sentia, que havia sido esquecida.
Vai,
E liberta de vez meu coração desse sentimento que tanto o aflige.
Vem,
E provoca meus dias com o sabor de viver; de realmente viver com
intensidade.
Vai,
E leva contigo o cheiro, o tato, o prazer de compartilhar os mínimos
detalhes da vida.
Vem,
E fica comigo por toda a nossa eternidade, para que, dessa forma,
nossos dias valham à pena serem desperdiçados com tanto amor...
quinta-feira, 7 de março de 2013
LHO
“Para
quê demonstrar o que sinto? E dizer como seu semblante não sai dos meus
pensamentos, chegando a angustiar meu coração com tamanho sentimento nele
cultivado? Não... Expor o que tenho dentro do peito tornar-me-á fraca diante do mundo,
dando deixas para o todo o resto me julgar...
Para
quê expressar em palavras o que estimo por ele? E num “eu te amo” deixá-lo
sentir que sem ele não sei mais viver ou que meus passos, após sua chegada, são
moldados de acordo com seu cotidiano? Não... Concedê-lo, assim, a certeza de que por
ele serei capaz de esquecer meus caprichos para fazer os seus, me deixará à mercê do seu complicado mundinho...
Para
quê afirmar que me importo? E receber um ‘’muito obrigado’’, quiçá, um olhar de
soslaio traduzindo sua indiferença? Não... Prefiro o silêncio me dando a certeza de
que quando calamos, evitamos nos ferir.
Talvez meu gato mereça ouvir um grunhido que traduza meus
sentimentos por ele, ou um breve afago já o faça entender o quanto o amo. Amor
não se fala, não se expressa; simplesmente se sente.”
... E sentada, entre lágrimas, ela tentava se convencer de
que sabia viver só. De que sabia viver sem ele. Mal sabia o amargo era o gosto
do orgulho, que a impedia de enxergar quão encrencada estava e que iria se
ferir da mesma forma ...
Triste alma...
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Marina
Filha,
Certa vez ainda quando criança
sonhei em ser mãe e, desde então, tive a certeza de que só seria plenamente
feliz após a sua chegada. O tempo passou e, através dele, a maturidade bateu à
minha porta, me fazendo refletir. Como eu seria capaz de cuidar de uma vida que
não fosse a minha? O mundo é tão cruel e eu tão pequena diante dele... Que
egoísmo o meu! Mas o mundo é assim, meu amor... O ser humano é mesquinho e
egoísta, quando se trata dos seus sonhos.
Mas esse mesmo ser transforma-se
em algo transcendental ao ser preenchido pelo mais nobre dos sentimentos: o
amor. Amor esse que só me fará completa com a sua chegada; com seus sorrisos
para abrilhantar meus dias; seus choramingos para me fazer lembrar que não devo
achar que tudo são flores; seus questionamentos, quando você estiver mais
velha, para me fazer lembrar que a vida é uma eterna busca pelo conhecimento.
Mas, principalmente pelo seu amor... Que me dará um norte quando eu sentir que
a vida anda sem rumo, para acalentar minha alma, quando essa sentir falta do que
e de quem já passou...
Vem, filha. Por ti espero para
sentir o amor em sua plenitude e pureza. Para compartilhar o que aprendi nesses
anos e aprender com um ser tão pequeno, que mudará meus dias. Ver em ti, a
extensão do meu amor pelo teu pai.
Vem, filha... Te aguardo ansiosa,
cheia de interrogações, mas com a certeza de que darei o melhor de mim, para
ti.
Vem filha.
Com amor,
Mamãe.
ewhla
Escreve-se para mudar o rumo, reinventar-se através dos sonhos, criar um novo ''eu''. Escreve-se para preencher o vazio, esvaziar a dor, extravasar a alegria, declarar-se a amores...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Irmãos...
Irmãos: se não tê-los, como sabê-los...?
Quando cada um de vocês nasceu, pensei que seria esquecida, deixada de lado como os brinquedos que abandonava após brincar, brincar, brincar... E me desinteressar ao ganhar um novo. Comecei a sentir ciúmes ao ver todos chegarem à nossa casa para pegá-los no colo e dizer o quão lindo vocês eram. Até que mamãe me deixou ‘embrulhar’ cada um de vocês em meus braços. Os enchi de beijos e vi o quão maravilhoso seria ter alguém para partilhar meus dias alegres e, também, tristes; de como era mais gostoso brincar em 2, 3 e 4 do que só. De como era bom aprontar em casa e dividir, também, os castigos (e ter quem dedurar, hehe). Com vocês pude aprender a amar (e odiar momentaneamente) alguém sem esperar nada em troca; aprendi a orar todas as noites pedindo aos céus proteção em todos os momentos de suas vidas para que nenhum mal lhes acontecesse, diante das atrocidades ocorridas diariamente às quais temos conhecimento.
Mas, mesmo sentindo esse amor incondicional que com o arrastar dos anos só se solidifica, ainda sinto dificuldade em falar o quão importante vocês são para mim. De como me dói ver qualquer um de vocês triste e como meu coração vibra de alegria com a vitória de cada um. De como nunca serei capaz de viver sem um, qualquer um, de vocês.
Irmãos não escolhemos, mas as vezes sinto como se tivesse rogado a Deus que me enviasse os certos. E ele pelo visto me ouviu.
Quando cada um de vocês nasceu, pensei que seria esquecida, deixada de lado como os brinquedos que abandonava após brincar, brincar, brincar... E me desinteressar ao ganhar um novo. Comecei a sentir ciúmes ao ver todos chegarem à nossa casa para pegá-los no colo e dizer o quão lindo vocês eram. Até que mamãe me deixou ‘embrulhar’ cada um de vocês em meus braços. Os enchi de beijos e vi o quão maravilhoso seria ter alguém para partilhar meus dias alegres e, também, tristes; de como era mais gostoso brincar em 2, 3 e 4 do que só. De como era bom aprontar em casa e dividir, também, os castigos (e ter quem dedurar, hehe). Com vocês pude aprender a amar (e odiar momentaneamente) alguém sem esperar nada em troca; aprendi a orar todas as noites pedindo aos céus proteção em todos os momentos de suas vidas para que nenhum mal lhes acontecesse, diante das atrocidades ocorridas diariamente às quais temos conhecimento.
Mas, mesmo sentindo esse amor incondicional que com o arrastar dos anos só se solidifica, ainda sinto dificuldade em falar o quão importante vocês são para mim. De como me dói ver qualquer um de vocês triste e como meu coração vibra de alegria com a vitória de cada um. De como nunca serei capaz de viver sem um, qualquer um, de vocês.
Irmãos não escolhemos, mas as vezes sinto como se tivesse rogado a Deus que me enviasse os certos. E ele pelo visto me ouviu.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Chego e me sento. Na sala, ela
continua a pintar o trio de borboletas desenhadas à mão livre na parede,
próximo à varanda. Eram 7h30 da manhã e parecia que tinham-lhe arrancado a
boca, com tamanho sossego em pleno domingo. Cheguei a imaginar que não
respirava. Mas seus olhos, inquietos, delatavam a agitação da sua alma.
Para iniciar a conversa, após um
par de tempos em silêncio, ela disse: ‘’Sou a junção dos meus ex-amores, dos
dissabores e vitórias as quais conquistei. Sou a dor do amigo, o silêncio do
irmão, a incerteza do futuro. Mas hoje sou o nada; sou a dor da perda e a
amargura da dor”. E me olhou. Analisou-me como se eu fosse um bicho, esperando
alguma palavra de conforto. Prossegui calado. Sabia que explicar pela enésima
vez que não a deixaria seria em vão.
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